quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Capítulo II - O TENEBROSO "H"

As aulas estavam começando, primeira semana de agosto, o CAC volta aos poucos a ser um lugar alegre e os alunos já estavam iniciando suas rotinas de estudos.  A diretora Mariana Mickaela estava no fim de mais uma reunião com outros professores. Apesar da ameaça ser contra professores de Letras Mariana, precavida como sempre, não poderia deixar de alertar os outros professores. Nesta ultima reunião estavam presentes os professores de Dança Célio Campos, a professores de Prática de Português II Luana Martins, a professora de Morfossintaxe I e II Juliana Serafim e o professor de Latim  Valdemar Freitas, quando Mariana estava terminando de dar as ultimas orientações a porta é aberta repentinamente.
- Um Carai mô véi, todo mundo dá aula de manhã e de tarde e eu tenho que ficar dando aula à noite? Vou não Mari.
- Calma Claudiana.
- Calma? Você sabe o perigo que está aqui à noite e sabe como eu me sinto em relação a essa história toda.
Os professores Alberon, Carolina e Luíza estavam fora da sala e viram a agitação na sala de Mariana e comentaram entre si.
Luíza - Bora galera? tá rolando baixaria, bora ver?
Alberon como sempre muito educado relutou:
- Não gosto de fofocas
Carolina - Bora, Albi.
Mesmo relutante o elegantérrimo professor acompanhou as professora fofoqueiras.
Entrando na sala Luíza - E aí galera, quem tá ganhando?
Claudiana - Eu num quero dar aula à noite não.
Alberon - Mas não se preocupa não, a gente também vai dar aula a noite.
Claudiana, com sua sutileza - Problema, mo véi.
Mariana - Minha gente, eu já havia organizado todos os horários desde o semestre passado e não posso mudar agora e ponto final.
De repente chega um homem de tênis e bermuda à porta e pergunta:
- O que é que tá acontecendo? Dá pra ouvir lá do hall.
Claudiana - Hugo, Mariana me colocou pra dar aula à noite.
Hugo - Não se preocupe, eu também vou dar aula à noite.
Claudiana - Eu sei, mas eu tenho um filho pra criar e eu não posso me arriscar.
Carol - Você vai ficar bem Claudiana, e Vinicinho também. Se tu morrer eu ajudo Vinicius a criar o pirraia.
Hugo muito benevolente, olhou bem no fundo dos olhos de Claudiana e disse com a voz suave:
- Não se preocupe eu vou cuidar de você.
Mais calma agora, Claudiana respondeu serenamente:
Tá certo!
Mariana para encerrar as discussões interveio:
- Então está tudo acabado, a reunião aqui também. Então vamo comer galera?

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Já na Casa de Claudiana.

Vinicinho - Mainha? A senhora sabia que as baleias emitem mais de quinhentos sons?
Claudiana - Sei sim, meu filho.
Vinicinho - Mainha? A senhora sabia que o urso pode dar uma patada de mais de uma tonelada.
Claudiana - Sei sim, meu filho.
Vinicinho - Como é que a senhora sabe essas coisas mainha?
Claudiana - Escutei muitas delas enquanto você estava sendo feito.
Vinicinho - Mainha, sinto tanta falta de painho.
Claudiana - Eu sei meu filho, mas seu pai trabalha muito, desde que ele começou a coordenar a ABRALIN em Pernambuco ele anda muito ocupado.
Vinicinho - Porque você não chama ele pra jantar aqui mainha?
Claudiana - Não.
Vinicinho - Você já num superou a traição dele com tia Luiza? Você já num voltou a ser amiga dela?
Claudiana - Já. Ver Luíza de botas na cama com seu pai foi muito duro, mas já superei.  De toda forma tem coisas que crianças não entendem.
Vinicinho - Chata.
Claudiana - Sai daqui peste!!!
Vinicinho – Vou ligar pra painho.
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No dia seguinte, 22h10 no CAC.
A sala de Claudiana era a ultima próximo do laboratório de informática no segundo andar do CAC. Por volta de dez horas ela já havia passado o artigo sobre touradas para seus alunos e agora andava devagar e desconfiada pelos corredores. Viu Luíza saindo de sua sala, trocaram olhares e Luíza fingiu que não viu Claudiana, pois queria sair o quanto antes do CAC.
Claudiana diante da atitude de Luiza pensou:
Vaca, era bom que quebrasse um perna descendo essa escada.
Claudiana lembrou que ainda haviam alguns funcionários no CAC e até alguns professores, então decidiu ficar tranqüila e foi até sua sala, as luzes do corredor piscavam e algumas já estavam quebradas, mas ela decidiu guardar alguns livros em sua sala. Cada vez que ela dava um passo a mais, seu coração ficava mais frio, seu olhar ficava mais atento a cada sombra e seus ouvidos captavam os ruídos estranhos da noite.
Eu vou voltar, pensou.
Depois riu de si mesma:  Eita, como eu to ficando medrosa, vou até minha sala, guardo isso e saio.
Colocou a chave na porta, olhou para os dois lados do corredor e abriu a porta. Lentamente colocou os livros sobre a mesa e notou que tinham duas caixas enormes de papelão sobre uma das mesas, como ela sempre fazia encomendas em Sex shops e nunca mandava entregar em casa, deduziu serem aquelas caixas algumas encomendas das tantas que era acostumada a fazer. Talvez o novo Policarpo inflável. Decidiu abrir as caixas no dia seguinte e foi guardar os livros em sua estante para depois ir embora. Depois de tudo terminado Claudiana virou a maçaneta, mas a porta não abriu, tentou mais uma vez e mais uma, com mais força, lembrou que a chave estava do lado de fora e começou a gritar por socorro.
- Abram a porta, abram a porta, por favor.
De repente ela escuta um ruído que faz gelar seu coração. Ela fica em silêncio. As luzes da sala se apagam e ela dá um grito de pavor, tenta em vão acender as luzes e abrir a porta.
- Abram, abram, por favor, mô véi.
De repente Claudiana escuta novamente o som que faz sua alma tremer. Ela fica paralisada e com gotas de suor frio em sua testa.
Ela olha apavorada para o escuro e vê vários pares de olhos saindo da caixa, olhos brilhantes e um terceiro ruído faz com que suas dúvidas sejam dissipadas, ela escuta mais uma vez o terrível “Miau”.
Agora seu coração acelera e os ruídos ficam mais numerosos e repetidos e os pares de olhos saem mais e mais daquelas caixas no escuro.
MIAU, MIAU, MIAU...

7 comentários:

  1. Pô Albi, tu num vai me matar agora não né???

    Sacanagem pow! =/

    Ve aí! Ve aí!

    TANTAS opções pra tu matar pow!

    Porra nenhuma mô véi! Mata outro aí!

    hauahauahauahaua!

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  2. "Claudiana - Escutei muitas delas enquanto você estava sendo feito."

    KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKkkkkk

    Juliana S.

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  3. Uma verdadeira ficção baseada na realidade

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  4. Peraê Ju, aí Albi forçou né mô véi???

    E eu e Luiza inimigas por causa de Vini??? Hauahauahauahauah!

    Ah! "Policarpo inflável" é???

    Pra que se eu tenho o verdadeiro???

    kkkkkkkkkk! Tá muuuuuito engraçado!

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  5. ah, coitadinha de" mi amor"!!! casada com Vini e ainda com um Vinicinho como filhote!!!kkkkkkkkkkk
    PS: Acho que já sei pq ela casou com ele!! tarada!!!!

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  6. Você viu, Nildo, a maldade que Albi tá fazendo comigo? Tudo inveja do meu amor com Poli. Ele não se conforma tadinho...

    Vamos torcer pra que um dia ele supere né?

    Besitos! hauiahauahaauah!

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