quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Capítulo VI - O TENEBROSO "H"


                                                       


Na casa de Ana Carolina Moura Neves Cordova...

Vinicinho – Quero ligar pra painho!
Carol – Um carai! Deixa eu corrigir as provas dos meus alunos!
Vinicinho – Meu pai vai me tirar daqui. Já num aguento mais você e seu marido paraguaio. Mainha fica boa não é?
Carol - Chileno. Ele é chileno.
Vinicinho - Chinélo, seja lá o que for. Quero ligar pra painho.
Carol ignora o menino e tenta corrigir as provas de seus alunos!
Vinicinho – Hei! Tu quer  beber?
Carol – Quem te ensinou essa música antiga menino?
Vinicinho – Mainha, ela adora, dança todos os dias. Deixa eu ligar?
Carol já puta da vida – Deixa eu corrigir essas provas!
Vinicinho – Hei! Tu quer fumar?
Carol já sem paciência - Vai, pega o telefone e liga pro teu pai. Claudina me desculpe, mas não consigo ficar com você nem mais um dia.
Vinicinho ao telefone com o pai – Ohniap, em arit iuqad!
Vinicius –Rop euq ?
Vinicinho – Asse agirapar é mu ocas.
Vinicius – Aj  uotse odni,  Ohnihlif.
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 Enquato isso, no CAC Hugo terminva de esquartejar a aluna de Alberon...
Hugo a matou, pois sabia que ela o tinha visto correndo atrás de Juliana e dado um soco nela. Ele imaginou que ela iria contar aos outros e decidiu matá-la. De fato, ela havia tentado, mas Alberon não deu  oportunidade e Hugo estava ficando mais e mais descontrolado a cada dia e sabia disso, ele estava pondo em risco sua posição na Federal matando alunas assim, de dia, sem planejamento, mas era um preço pequeno a pagar pelos prazeres da vida, ou melhor, da morte.
Hugo tinha que retirar os pedaços dela  de sua sala antes que começassem a procura-la.
Em outro lugar no CAC...
Luiza dava aula de literatura russa.
Luíza – Então, para Medvedev as relações dialógicas são ...
Enquanto dava sua aula Luíza arqueava a pelves e ficava alguns segundos pensando antes de dar respontas às perguntas dos alunos como em um download. Ela havia ficado sequelada de ser espancada por François.
Luíza - ...Então ele concorda com outros teóricos da linguagem.
Ao fim da aula enquanto Luíza guardava o seu material , fechava o Power point  e aproveitava para flertar com alguns alunos, alguém bate a porta.
Era Nildo, o professor de corpo durinho.
Luíza de braços abertos – Nildo, Nêgo! Tudo bem? Como foi a Viagem? Cadê Adriano?
Nildo – A viagem foi bem, mas eu senti falta de vocês lá em Paramaribo.
Luíza – Pós-doutorado difícil é?
Nildo – Nem tanto, já que sou inteligentíssimo, mas porque grande parte da população anda de carroças e desde o meu trauma em frente ao CAC quando dei aquela terrível pinta, fiquei com medo de carroças.
Luíza faz aquela cara de preocupada – É foda, digaaê!
Nildo – Mas de toda a forma eu interrompi minha viagem pra vir visitar Claudiana, soube que ela foi atacada.
Luíza – Ela tá bem, com certeza deve ter levado uma pisa de alguém porque mereceu. Me parece que a angolana mulher de Poli já deu uns Paranauê-Paranauê-Paraná nela no ano passado, porque ela ficava se insinuando pra ele lá no CE.
Nildo – Ô Luíza, fala assim de mi amor não. E como está aquela criança angelical, meu afilhado Vinicinho?
Luíza – Sei lá daquela peste.
Nildo – O papo tá bom, mas combinei que iria visitar Claudiana. Beijos!
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No fim da tarde Mariana Mickaela estava ao telefone com a polícia, estava preocupada com o sumiço das professoras Juliana e Pricylla e da aluna de PIBIC de Alberon que não havia aparecido com seu café. Ela Decidiu convocar também o serviço de inteligência do sindicato dos professores.
Alberon – Se minha aluna sumir sentirei muita falta.
Mariana olha incrédula pra Alberon – SIM!
Alberon – É verdade. E aí? Eles vão nos ajudar?
Mariana - Sim, eles vão mandar o agente mais inteligente que eles tem pra ajudar a solucionar o caso.
Alberon -Tomara que chegue logo!
Mariana - Vai chegar, ela virá amanhã ,mora aqui mesmo.
Alberon -Ela?
Mariana - Sim, você conhece. Eles vão mandar Bruna Bandeira.
Alberon – Uau!
Mariana – Agora tenho que ir pra casa, passei o dia todo aqui. Tô suja.
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Manhã seguinte no hall do CAC
Todos os alunos e professores chegaram com medo, agora três dos seus estavam desaparecidos, talvez mortos, era algo que chocara todo o CAC.
Luíza e Carol conversavam sobre os fatos e Alberon chega muito triste, mas elegante e discreto.
Alberon – Bom dia meninas!
Luíza -Bom dia nêgo!
Carol – Albi!!!!!
Alberon - Alguma novidade?
Carol - Ainda não, mas eu já soube que mandaram Bruna pra ajudar a resolver
Luíza - Mas o gostosão do Vinicius não é do Serviço de inteligência.
Alberon - Afastaram ele do caso, pois ele é ex-marido de uma das vitimas atacadas.
Luíza - Ah tá! Só podia ser, Claudiana atrapalhando as investigações.
Alberon - Estou preocupado com o que pode ter acontecido com as meninas e com minha aluna.
Carol - Vamos torcer pra que dê tudo certo.
De repente houvem-se passos cada vez mais forte e apressados seguidos de um grito.
- RAPARIGA!
Todos olharam e se chocaram, era Claudiana totalmente recuperada.
Claudiana em cena pareceda com a de Kill Bill - Agora somos só nós duas, vamos nos entender, temos contas pra acertar.
Alberon puxa Carol pelo braço e diz:
 - Bora sair daqui, vai rolar baixaria por causa de tudo, inclusive homem.
Carol olha para Claudiana e para Luíza e decide sair.

Carol - Oxe, bora.
Luíza estava prestes a levar a maior pisa da sua vida? Ou Claudiana iria se surpreender com Luíza que aprendera a revidar as surras de François? O destino das duas estava para mudar.
Claudiana olhando nos olhos de Luíza – Você é uma VADIA, mô véi!
Luíza jogando a bolsa no chão chama Claudiana pra briga com a mão – Chega mais perto VACA!
            

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Capítulo V - O TENEBROSO "H"

            

 
Juliana estava perplexa, o Hugo que ela conhecia era um rapaz doce e sensível e diante dela havia um homem totalmente diferente, um ser cruel e sem sentimentos.
Juliana - Hugo? O que você está fazendo com essa faca na mão? Me ajuda a socorrer Priscylla.
Hugo permanecia imóvel e lentamente deu a volta na mesa e pegou o prato em que Priscylla havia se servido.
Hugo - Acho que Priscylla não se dá bem com abelhas, não é? Fim o cuscuz com algumas trituradas.
Juliana - Carai Hugo, que vacilo teu? Vê como ela está sofrendo?
Priscylla agonizava de dor – Oh, Oh, acho que minha glote está fechando, Oh!
De repente Juliana sente um enjoo
Hugo? O que você pôs nessas tapiocas de camarão frito com Shoyo?
Hugo - Não eram camarões, eram baratas.
Juliana fica incrédula, seu corpo fica repentinamente frio, um nojo terrível invade seu ser e ela vomita inevitavelmente em cima de Pricylla.
Pricylla morrendo, mas muito lady – Oh! Que nojo.
Hugo se preparava para esfaquear Juliana enquanto ela ainda estava de joelhos. Juliana percebe que seu fim estava próximo e o instinto de sobrevivência tornou-se mais forte, tinha que sair dalí e fazer com que Hugo saísse de perto de Pricylla. Ela empurrou Hugo que caiu sobre a mesa e se cortou, Juliana disparou em uma corrida que parecia perdida, pois Hugo era um atleta, mas havia algo que nem mesmo ela lembrava: seu corpo estava adaptado durante anos a correr atrás do ônibus na parada. Juliana mantinha sua corrida e Hugo a seguia, era um corrida de vida ou morte, cada passo era crucial, mas havia algo que dava uma substancial vantagem a Hugo: Ele conhecia os seus medos, mas também os desejos mais intensos de suas vitimas. Hugo puxa do bolso uma máquina digital, ele aperta o flash. Juliana para de imediato e faz uma pose de capa de disco, era inevitável, seu corpo se movia como em reflexo a cada flash, ela não se controlava, era correndo e parando pra fazer pose até que foi alcançada.
Juliana – Porra Hugo!
Hugo apenas desferiu um soco em seu rosto, Juliana desmaiou.
Hugo pensava consigo mesmo, já era tarde e o jeito era levar as duas para um lugar mais discreto e mata-las longe da Federal. Levou Juliana, colocou a na mala do carro e depois voltou e fez a mesma coisa com Pricylla.
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No CAC pela manhã...
Alberon estava escutando mais uma fofoca sobre Claudiana trazida por Luíza:
Luíza - ...Pode notar que ela usa chapa, eu vi que ela usa Corega e quando ela fala a peça fica solta na boca.
De repente são interrompidos pela chegada de Mariana Mickaela.
Alberon - Bom Dia Mari!
Mariana - Bom Dia Albi! Bom dia Luíza.
Alberon - E Aê?
Mariana - Minha Axila tá coçando.
Alberon chique, quase pricyllável.
- Oh?!? Que horrível.
A aluna de PIBIC de Alberon, Benedita Verônica, se aproxima.
Alberon – O que é?
Benedita Verônica – Desculpe interromper.
Alberon – Café, sem açúcar.
Benedita Verônica – Mas professor...
Alberon – Já terminou o ensaio sobre “Sereias grávidas”?
Benedita Verônica – Ainda não, mas...
Alberon – Então saia daqui. Vá!
Mariana – Cadê Juliana e Pricylla? Estão atrasadas, não as vi hoje.
Luíza – Bota elas pra fora Mari.
Mariana – Não é assim que as coisas se resolvem Luíza, tenho que ter motivos.
Luíza - Pois eu tenho uma fofoca pra contar delas...
E assim passou-se mais uma típica manhã no CAC e ninguém imaginou que as professoras corriam perigo em um cativeiro no Curado II.
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No Cativeiro
Pricylla – Juliana? Juliana acorda.
Juliana ainda sonhando de olhos fechados – Ô Tutú, meu amor! Dá beijo dá!
Pricylla – Juliana, sou eu Pricylla.
Juliana – Pricylla, você está bem. Carai, pensei que a gente ia morrer.
Pricylla – Juliana, não sei onde estamos, mas aqui só há uma janela gradeada e só tem mato em volta.
Juliana – Temos que dar um jeito de fugir daqui ou a gente tá fudida.
Pricylla – Temos que avisar a todos que quem está cometendo os assassinatos é Hugo.
Juliana e Pricylla estavam decididas a não morrer e nem deixar que Hugo saísse impune. Mas estavam isoladas e sabiam que sua única ligação com o mundo externo era através do homem que as havia colocado naquele lugar. O destino era incerto para ambas.
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Enquanto isso de volta ao CAC
Benedita Verônica estava levando o café de Alberon e no caminho foi interrompida.
Oi, tudo bem?
Benedita Verônica – Oi professor Hugo, tudo bem – Sua voz era trêmula e a aluna não sabia disfarçar. – Tô com pressa, o professor Alberon está me esperando e ele não gosta de atrasos, afinal ele é muito chique.
Hugo – Antes disso temos que ter uma pequena conversa.
Benedita Verônica – Sobre o que?
Hugo – Aqui não, venha na minha sala!
Benedita Verônica – Mas o professor Alberon...
Hugo impaciente com a garota – Depois converso com ele e explico.
Benedita Verônica  relutante – Certo...
A sala de Hugo era perto da sala de dança no fim do CAC, local conhecido como Bat Caverna. Um local com pouca circulação.
Hugo abrindo a porta de sua sala. – Entre.
Benedita Verônica – Mas professor...
Hugo – Agora!
Benedita Verônica entra e antes que tenha oportunidade de indagar o motivo da conversa leva uma facada nas costas. - Ah!
Hugo fecha a porta e a vida da tímida garota teria um terrível fim.






domingo, 12 de dezembro de 2010

Capítulo IV - O TENEBROSO "H"




O dia começou tranqüilo no CAC, todos os professores que davam aula pela manhã e à tarde ainda estavam surpresos pelo ataque sofrido pela professora Claudiana, achavam que o perigo estava próximo, o CAC não era mais um lugar seguro para trabalhar.
Hugo entrou no hall do CAC, era prazeroso pra ele sentir tanto medo e apreensão no olhar de todos em que encontrava.
-Bom dia, Alberon!
Alberon – Bom dia Hugo, tudo bem?
Hugo – Comigo está e você?
Alberon – Ainda preocupado com Claudiana.
Hugo – Não se preocupe eu a visitei, ela está bem.
(Telefone celular toca “Coisa mais bonita é você, assim...”)
Alberon – Alô, Poli? Eu já disse que não quero que você me ligue mais, não insista. Hum? Tá, tá bem, vamos nos encontrar. Não no Eros novamente não. Tá bom a gente combina. Tchau, beijo! Pra você também. Desliga...  você primeiro... Não, você... Beijos, tchau.
Alberon – Desculpa Hugo, é só uma pessoa que me liga diariamente me incomodando.
Hugo – Não! tudo bem, como eu dizia, Claudiana tá bem. Vou lá, tenho aula agora de manhã.
Alberon – Eu também, boa aula!
Hugo – Você também.

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No Fim da tarde...
Hugo bate na porta da sala de Priscylla.
Priscylla - Pode entrar.
Hugo – Oi Priscylla, beleza?
Priscylla - Tudo bem. Estou terminando de corrigir algumas provas e já vou pra casa e você?
Hugo – Só passei aqui pra perguntar se você num quer sair pra jantar, convidei a galera pra sair e todos já confirmaram, só falta você e Juliana Serafim.
Priscylla levantando para guardar um livro – Por mim tudo bem. Ótimo!
De repente um livro cai da ultima prateleira no dedão de Priscylla, era a Gramática dos Usos do Português de Maria Helena Moura Neves.
Priscylla  sentindo um dor horrenda, reagiu como de costume, como uma lady e exclamou um suave – Oh!
Ela se estourando de dor, mas mantendo a elegância diz: Hugo... preciso sair... tenho que ir ao hospital.
Hugo – Quer ajuda?
Priscilla – Não obrigado. Combinamos depois o horário do jantar e onde será. Ok?
Hugo – Então tá certo. Tchau!
Com seu dedo latejando, Priscylla continua mantendo a alinha.
- Tchau!
Ao sair da sala de Pricylla Hugo já tinha um plano em mente, sabia do que ela mais tinha medo, agora era só executar o plano e pensar em como matar dolorosamente ela e Juliana.
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Hugo se dirigia a sala de Juliana e no caminho passou pela sala de Luíza, pensou em parar para cumprimentá-la, mas ao chegar perto da porta ouviu sons estranhos.
-Oh, Oh, Oh!!! OOOOOOHHHH!!!GENIAAAAAL!!!!
Decidiu que não seria apropriado bater na porta, mas ficou pensando a razão pela qual Luíza só aceitava como orientandos do PIBIC alunos homens ou mulheres masculinizadas. Enfim, não era problema seu, pelo menos não agora.
Enquanto andava em direção à sala de Juliana, estava tão distraído que não percebeu que passou pela própria e a tinha deixado de braços abertos levando um vácuo no meio do corredor.
-HUGO!!!
Hugo – Oi Juliana, nem te vi, mas tava te procurando.
Juliana – Pra que?
Hugo – Convidei a galera pra jantar e confirmaram todos, só falta você. Só falta saber onde você quer comer e qual é o seu prato preferido?
Juliana – Cuzcuz com calabresa lá no CCSA, é meu prato predileto à anos. Ah! e tapioca também, adoro todos os sabores.
Hugo – Beleza, então só vou marcar o horário, mas já adianto, tem que ser a noite, por volta das nove.
Juliana – Tão tarde? Tem problema não. Janto duas vezes. Tchau Hugo!
Hugo – Tchau!
O terrível “H” estava feliz agora por ver que seus planos estavam dando certo, era tudo uma questão de tempo para que sentisse o cheiro do sangue e visse o vermelho em suas mãos novamente.
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Duas noites depois...
Juliana, chega dez minutos atrasada, havia pego um engarrafamento, pois fazia sempre questão em vir de Rio Doce–CDU, por opção. Juliana dizia que era pra manter acesa a lembrança de suas raízes, apesar de ter um carro, tinha muito amor ao trajeto vindo de ônibus.
- Oi Pri!
Priscylla que havia chegado pontualmete – Oi Jú, eu já tava ficando preocupada, ninguém chegou até agora e como você sabe, desde que uma abelha me atacou aqui no CCSA, eu não me sinto mais segura aqui.
Juliana - Pois é eu sei, eu estava com você no dia do ataque lembra?
Priscylla – Não gosto de lembrar, foi assim que descobri que tenho uma terrível alergia à picadas de abelha.
Juliana – Oxe, cadê esse povo? O CCSA já vai fechar, já num tem mais ninguém aqui. Só não nos colocaram pra fora ainda porque somos professoras muito chiques e renomadas.
Hugo aparece da cozinha.
E aí meninas, desculpem o atraso, eu estava fazendo o nosso jantar.
Priscylla – Cadê o pessoal?
Hugo – Todos desmarcaram de ultima hora, mas isso é problema pra vocês?
Juliana – Pra mim não, aquela mundiça!
Priscylla horrorizada muda de assunto  - E aí? Vamos comer o que?
Hugo – Cuzcuz com calabresa e Tapiocas. Sugestão de Juliana.
Priscylla – Que bom!
Apesar de achar estranho, as meninas comeram a refeição e conversaram muito. Foi um jantar muito agradável.
Priscylla - Hugo ainda bem que você está aqui, não me sinto mais segura em ficar na Federal à noite.
Hugo – Mas o perigo é só no CAC.
Juliana – Mesmo assim eu também não confio.
Priscylla – Oh! Minha língua está ficando dormente e minhas mãos estão ficando frias, estou ficando tonta. Oh!
Juliana – Cassete, temos que chamar uma ambulância Hugo.Hugo?
O semblante de Hugo havia mudado repentinamente, seu olhar havia se tornado sombrio e um ar de maldade se instalou no seu rosto.
Juliana - Hugo? Priscylla tá passando mal, porra Hugo, faz alguma coisa.
Sem mudar a expressão em seu rosto e olhando fixamente para Juliana ele puxa de trás uma faca afiada como navalha.
Hugo – Vou fazer, vou fazer o que de melhor eu sei.
Juliana não podia acreditar no que seus olhos viam.


sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Capítulo III - O TENEBROSO "H"




Enquanto os gritos dos gatos e de Claudiana eram ouvidos, um homem serenamente andava em direção à porta de sua sala, o sorriso em seu rosto era tão frio quanto seus olhos e de tanta satisfação não conteve uma breve risada. Quando havia terminado de escrever o usual bilhete e assinado com a letra “H” tirou a faca da bainha e se preparou para adentrar na sala.
De repente escuta passos apressados e gritos.
 - Claudiana, Claudiana!
Hugo não tinha alternativa, saiu correndo, não seria o momento de entrar em luta corporal com ninguém e estragar seu disfarce de bom moço, decidiu sair antes que o vissem.
Vinicius correndo - Claudiana, Claudiana!
Vinicius arrombou a porta e deparou-se com a cena. Claudiana toda arranhada. Os gatos se assustaram quando viram o homem entrar e fugiram pela janela. Claudiana estava desacordada e devido à luta com seus algozes havia ficado praticamente nua, já que usava aquelas roupas semi-transparentes, como era de se esperar, todas se rasgaram. Vinicius de imediato tirou sua camisa e cobriu-a, em seguida a colocou nos braços e saiu em busca de socorro. Enquanto ia em direção às escadas, os corpos de Claudiana e Vinicius estavam em contato um com o outro e era possível sentir o suor dos corpos se misturando enquanto seus corações batiam forte. Claudiana acorda e Vinicius começa a descer às escadas.
- Vai ficar tudo bem. Fique clama.
Claudiana ainda fraca e assustada pela luta com os gatos ou surpresa por ver Vinicius fala um baixinho e suave.
- borá mô véi, me solt...
As palavras de Claudiana se dissiparam no ar, e enquanto Vinicius se distraia ao olhar o rosto de Claudiana ele não vê o primeiro degrau do ultimo lance de escadas.
Sem querer ele derruba Claudiana que se fudeu todinha na queda, foi Claudiana pra tudo que é lado rolando às escadas, depois de um minuto de queda ela chega ao chão, acordou no chão puta da vida.
Claudiana - Carai Vinicius! Tô toda acabada. Me leva pro hospital.
Vinicius – Claro, minha querida. Eu sabia que quando nosso filho ligou algo estranho estava pra acontecer.
Vinicius tomou-a nos braços novamente e conduziu-a à emergência da Restauração.

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No hospital, no horário de visitas.
Carol – Claudiana, tu tá bem?
Claudiana – Sim Querol, estou, mas estou muito preocupada com meu filho Vinicinho.
Carol – O pirraia tá bem, o pai tá cuidando dele.
Claudiana com sua sutileza – Sim, mas você é a amadrinha dele, mô véi. E eu já estou divorciada de Vinicius, num quero depender dele.
Carol – Minha irmã, véi. O filho é dele também.
Claudiana- Por favor Querol, enquanto eu estou aqui, cuide do meu filho.
Carol entronchando o bico sem que Claudiana percebesse, resmunga baixinho – Pirraia chato do carai.
Claudiana – O que?
Carol – Claro, adoro meu afilhado.
Claudiana – Ah! já ia me esquecendo, como Mari é muito pirangueira não quis contratar nenhum professor substituto pra ficar no meu lugar até eu me recuperar. Será que você poderia ficar dando minhas aulas?
Carol – Claro, se preocupa não.
Claudiana – E minhas orientação de PIBIC?
Carol – Também pô, relaxa.
Claudiana – E minha orientações de mestrado e doutorado, ah! e minha feira.
Carol – Vai te fuder Claudiana.
Antes que Claudiana pudesse falar qualquer coisa. Hugo entra no quarto.
- Claudiana, eu não sei lhe dizer como me sinto mal em ver você assim. Eu prometi que iria cuidar de você.
Claudiana – Hugo, você não pode se sentir culpado, as coisas acontecem, só temos que tomar muito cuidado agora.
Hugo – Meu Deus, ninguém viu você lá tão tarde? Se eu soubesse que você ainda estava lá eu teria lhe esperado.
Claudiana lembrou de Luíza e do fato dela ter fingido que não a viu e  pensou: depois me entendo com aquela rapariga.
Claudiana – Hugo, você é um bom amigo, só se cuide e eu ficarei feliz.
Hugo – Vou me cuidar e cuidarei de você também, pode acreditar.
Hugo estava se controlado, pois o ódio que sentia por ver uma de suas vítimas ainda viva era insuportável.
Hugo – Vou cuidar de você, Ok?
Claudiana – Ok.
Uma voz de criança ilumina o quarto.
- Mainhaaaaaaaa!
Claudiana com lágrimas nos olhos – Vinicinho meu filho, que saudades.
Vinicinho – Mainha, a senhora já tava véia, agora tá toda fudida, arranhada e toda quebrada.
Claudiana – Cara boca, peste. Olhe, você vai ficar com sua madrinha Carol enquanto eu me recupero.
Carol e Vinicinho se olham, se estranhando, nenhum vai com a cara um do outro.
Carol sorrindo – Vamos nos divertir muito.
Vinicinho estranhando tanta simpatia – É sim madrinha.
Carol pensando: Eu vou dar tanto nesse pirraia.
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Duas horas depois no CAC

Hugo vermelho de ódio joga livros sobre o chão e esbraveja em sua sala – Droga, droga, droga!
O ódio não permitiu que ele dormisse desde a noite anterior, ele tinha que compensar a vítima que não morreu e de repente vê entre os livros jogados no chão o seu álbum de formatura do curso de Letras. Abre aleatoriamente uma das páginas do álbum e coloca os dedos sobre duas fotos, eram as fotos da professora lady Priscylla Lippo e da professora Juliana Serafim.
O sorriso volta a encontrar espaço em sua boca e as pessoas nas fotos não sabiam, mas suas vidas corriam perigo mortal.
Hugo sorri sombriamente – huahauhauahua!
Ele vê um estudante passar no corredor e diz:
-Ei, você aí, chame minha (ancilla) monitora, peça para que venha aqui e limpe essa bagunça.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Capítulo II - O TENEBROSO "H"

As aulas estavam começando, primeira semana de agosto, o CAC volta aos poucos a ser um lugar alegre e os alunos já estavam iniciando suas rotinas de estudos.  A diretora Mariana Mickaela estava no fim de mais uma reunião com outros professores. Apesar da ameaça ser contra professores de Letras Mariana, precavida como sempre, não poderia deixar de alertar os outros professores. Nesta ultima reunião estavam presentes os professores de Dança Célio Campos, a professores de Prática de Português II Luana Martins, a professora de Morfossintaxe I e II Juliana Serafim e o professor de Latim  Valdemar Freitas, quando Mariana estava terminando de dar as ultimas orientações a porta é aberta repentinamente.
- Um Carai mô véi, todo mundo dá aula de manhã e de tarde e eu tenho que ficar dando aula à noite? Vou não Mari.
- Calma Claudiana.
- Calma? Você sabe o perigo que está aqui à noite e sabe como eu me sinto em relação a essa história toda.
Os professores Alberon, Carolina e Luíza estavam fora da sala e viram a agitação na sala de Mariana e comentaram entre si.
Luíza - Bora galera? tá rolando baixaria, bora ver?
Alberon como sempre muito educado relutou:
- Não gosto de fofocas
Carolina - Bora, Albi.
Mesmo relutante o elegantérrimo professor acompanhou as professora fofoqueiras.
Entrando na sala Luíza - E aí galera, quem tá ganhando?
Claudiana - Eu num quero dar aula à noite não.
Alberon - Mas não se preocupa não, a gente também vai dar aula a noite.
Claudiana, com sua sutileza - Problema, mo véi.
Mariana - Minha gente, eu já havia organizado todos os horários desde o semestre passado e não posso mudar agora e ponto final.
De repente chega um homem de tênis e bermuda à porta e pergunta:
- O que é que tá acontecendo? Dá pra ouvir lá do hall.
Claudiana - Hugo, Mariana me colocou pra dar aula à noite.
Hugo - Não se preocupe, eu também vou dar aula à noite.
Claudiana - Eu sei, mas eu tenho um filho pra criar e eu não posso me arriscar.
Carol - Você vai ficar bem Claudiana, e Vinicinho também. Se tu morrer eu ajudo Vinicius a criar o pirraia.
Hugo muito benevolente, olhou bem no fundo dos olhos de Claudiana e disse com a voz suave:
- Não se preocupe eu vou cuidar de você.
Mais calma agora, Claudiana respondeu serenamente:
Tá certo!
Mariana para encerrar as discussões interveio:
- Então está tudo acabado, a reunião aqui também. Então vamo comer galera?

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Já na Casa de Claudiana.

Vinicinho - Mainha? A senhora sabia que as baleias emitem mais de quinhentos sons?
Claudiana - Sei sim, meu filho.
Vinicinho - Mainha? A senhora sabia que o urso pode dar uma patada de mais de uma tonelada.
Claudiana - Sei sim, meu filho.
Vinicinho - Como é que a senhora sabe essas coisas mainha?
Claudiana - Escutei muitas delas enquanto você estava sendo feito.
Vinicinho - Mainha, sinto tanta falta de painho.
Claudiana - Eu sei meu filho, mas seu pai trabalha muito, desde que ele começou a coordenar a ABRALIN em Pernambuco ele anda muito ocupado.
Vinicinho - Porque você não chama ele pra jantar aqui mainha?
Claudiana - Não.
Vinicinho - Você já num superou a traição dele com tia Luiza? Você já num voltou a ser amiga dela?
Claudiana - Já. Ver Luíza de botas na cama com seu pai foi muito duro, mas já superei.  De toda forma tem coisas que crianças não entendem.
Vinicinho - Chata.
Claudiana - Sai daqui peste!!!
Vinicinho – Vou ligar pra painho.
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No dia seguinte, 22h10 no CAC.
A sala de Claudiana era a ultima próximo do laboratório de informática no segundo andar do CAC. Por volta de dez horas ela já havia passado o artigo sobre touradas para seus alunos e agora andava devagar e desconfiada pelos corredores. Viu Luíza saindo de sua sala, trocaram olhares e Luíza fingiu que não viu Claudiana, pois queria sair o quanto antes do CAC.
Claudiana diante da atitude de Luiza pensou:
Vaca, era bom que quebrasse um perna descendo essa escada.
Claudiana lembrou que ainda haviam alguns funcionários no CAC e até alguns professores, então decidiu ficar tranqüila e foi até sua sala, as luzes do corredor piscavam e algumas já estavam quebradas, mas ela decidiu guardar alguns livros em sua sala. Cada vez que ela dava um passo a mais, seu coração ficava mais frio, seu olhar ficava mais atento a cada sombra e seus ouvidos captavam os ruídos estranhos da noite.
Eu vou voltar, pensou.
Depois riu de si mesma:  Eita, como eu to ficando medrosa, vou até minha sala, guardo isso e saio.
Colocou a chave na porta, olhou para os dois lados do corredor e abriu a porta. Lentamente colocou os livros sobre a mesa e notou que tinham duas caixas enormes de papelão sobre uma das mesas, como ela sempre fazia encomendas em Sex shops e nunca mandava entregar em casa, deduziu serem aquelas caixas algumas encomendas das tantas que era acostumada a fazer. Talvez o novo Policarpo inflável. Decidiu abrir as caixas no dia seguinte e foi guardar os livros em sua estante para depois ir embora. Depois de tudo terminado Claudiana virou a maçaneta, mas a porta não abriu, tentou mais uma vez e mais uma, com mais força, lembrou que a chave estava do lado de fora e começou a gritar por socorro.
- Abram a porta, abram a porta, por favor.
De repente ela escuta um ruído que faz gelar seu coração. Ela fica em silêncio. As luzes da sala se apagam e ela dá um grito de pavor, tenta em vão acender as luzes e abrir a porta.
- Abram, abram, por favor, mô véi.
De repente Claudiana escuta novamente o som que faz sua alma tremer. Ela fica paralisada e com gotas de suor frio em sua testa.
Ela olha apavorada para o escuro e vê vários pares de olhos saindo da caixa, olhos brilhantes e um terceiro ruído faz com que suas dúvidas sejam dissipadas, ela escuta mais uma vez o terrível “Miau”.
Agora seu coração acelera e os ruídos ficam mais numerosos e repetidos e os pares de olhos saem mais e mais daquelas caixas no escuro.
MIAU, MIAU, MIAU...

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Capítulo I - O TENEBROSO "H"






Chovia muito naquela tarde de julho 2020 e os professores chegaram todos encharcados no hall do CAC, a primeira a chegar havia sido a professora Drª Ana Carolina Cordova, que havia sido contratada como professora de Espanhol logo após voltar com o seu marido do Chile ano passado, em seguida o belo, atraente e interessante professor de Linguística Dr. Alberon Lopes e as professoras de análise do discurso e russo respectivamente Claudiana Costa, já divorciada de seu ex-marido Vinicius Costa e Luíza Volochinov Dias Pinochet que havia recentemente voltado da Rússia onde havia se casado com um homem franco-russo chamado François Volochinov Pinochet. Todos haviam sido convocados para uma reunião extraordinária pela atual diretora do CAC, a professora Mariana Mickaela.
Luíza - E aí galeris?
Alberon - Diz porra! (com cara de desdém).
Claudiana - Vocês viram em Cardinot o que aconteceu com aquela universitária lá na UPE?
Carol - Não pô, eu escutei no Bandeira Dois, foi horrível num foi?
Alberon - Muito!
Luíza que estava toda por fora ficou ansiosa e perguntou:
- O que foi hein minha gente?
Carol com a voz tremula começou a descrever o fato:
Havia uma menina que fazia Letras lá na UPE em Nazaré. Ela não foi à aula durante dois dias e os colegas começaram a ficar preocupados, depois de três dias de busca eles a encontraram sem os órgãos internos e com as mãos fritas em óleo, detalhe, as mãos foram fritas enquanto ela ainda estava viva.
Claudiana - Meu irmão véi, isso não existe não.
Alberon - Meu Deus, que mostro.
Carol - E o pior é que eu ouvi no Bandeira Dois que havia um bilhete sobre o corpo da garota que dizia. Letras – morte aos professores.
Claudiana - E o que quer dizer isso? Você não disse que a menina era estudante?
Carol - Sim, mas ela queria ser professora e ela iria fazer a prova do mestrado já esse mês.
Alberon - A polícia disse que o assassino nutre um ódio mortal por professores de Letras.
Luiza - Eita Porra, Carai veí. Diga aê?
Ouve-se alguns passos lentos descendo as escadas, era Mariana Mickaela, atual diretora do CAC e mulher muito responsável, ainda solteira, mas muito paquerada.
- E aê galera, vamo comer? Tenho aula de Francês pra dar, mas ainda dá tempo.
 Luiza- Mari, você não soube dos assassinatos?
            Meu irmão véi, beleza! Eu chamei vocês aqui pra isso, as aulas já vão começar novamente e eu quero todo mundo tranqüilo, alunos e professores, afinal minha gestão é como o SIGA, tudo sempre funciona bem. Então, vamo comer galera?
            Já na cantina do CAC...
A professora Luíza faz seu pedido como sempre fez desde a graduação. Ela chega suavemente perto do Balcão e diz em um grito só:
- Uma Coca e uma Coxinha.
Ela nunca diz ”por favor” nem “obrigado”, mas seus amigos entendem pois ela apanhava muito de François e de Françoise a irmã-amante de seu marido, Luiza tinha uma vida sofrida na Europa, mas voltou e começou a dar aula na universidade  a convite de Mariana que colocou quase todos os seus colegas no arrumadinho, já que sua influência junto a ex-presidente Dilma era muito grande, assim seus amigos entravam sem concurso pra trabalhar. Foi assim com Luiza, foi assim com todos ali.
A professora Pricylla, que era uma Lady já estava esperando na cantina na hora marcada e já sabia sobre o que seria a reunião.
Pricylla - Gente eu vi no Jornal Hoje que houve dois casos idênticos, um na FUNESO em Olinda, um rapaz de 20 anos e um na UNICAP, uma garota de 23.
Alberon também muito elegante disse:
-Meu Deus Priscylla, que terrível.
De repente as luzes do CAC se apagam e todo o local fica um só escuro. Houve gritos e por um segundo houve silêncio total e de repente as luzes se acendem.
Luíza diz:
-Ufah que alívio.
- E aí minha gente?
- Oi Hugo!!!
A chegada de Hugo por um momento fez com que todos se alegrassem e esquecessem dos assassinatos. Hugo também entrou no arrumadinho de Mariana como professor do Departamento de Comunicação e além disso ele trabalhava como Jornalista em um jornal do Estado, além de correr e ganhar três vezes a são Silvestre.
Claudiana apavorada - Você soube do que ocorreu?
Hugo - Sim, muito triste, né? Eu cobri a matéria.
Luiza – Minha Nossa Senhora! Conta Hugo!
Hugo – É muito confuso tudo isso, mas eu só sei que a polícia trabalha com a hipótese de que ele é um homem, culto, por volta de trinta, trinta e cinco anos e que mata as pessoas tendo em vista seus piores medos, ele sempre coloca um bilhete sobre as vitimas e assina apenas "H". A moça de Nazaré tinha medo de se queimar, o rapaz da FUNESO, tinha medo de morrer afogado e assim morreu, e a garota da UNICAP era sua aluna, Luíza, ela pagava cadeira aqui na Federal e tinha medo de você, dizia que você era uma professora louca e perturbada e foi esfaqueada vendo vídeos das suas aulas e teve seus livros jogados com força sobre sua cabeça.
Luíza – Ora Porra! Desgraçado, miserável! Diga Hugo, qual o nome dela?
Hugo – Augusta.
Luíza – Lembro não, pelo menos eu num sinto falta né gente? Bola pra frente. Ei moça, outra coca!
Pricylla – Sim Hugo, vai termina.
E a história começou a ser contada novamente, mas havia algo diferente na frieza e satisfação com que aquele homem contava aquela história, cheia de detalhes e paradas para lembrar das impressões em sua mente , seu olhar não era olhar de um descritor de fatos, ninguém imaginaria que era o olhar de um autor.

Depois dessa reunião os professores do CAC não tiveram mais tranquilidade de andar sobre os corredores à noite. Voltaram para suas casas, todos se sentiam ameaçados, descançaram e se prepararam para o que estava por vir.