sábado, 18 de junho de 2011

Capítulo VIII - O TENEBROSO "H"

              


 No CAC, em uma manhã de uma sexta feira chuvosa, Mariana Mickaela estava nervosa em sua sala sentada em seu bureau quando repentinamente começa a escutar vozes:

Voz  1- E aí? Já descobriu o paradeiro de Hugo?
Voz  2- As mortes não podem ficar impunes.
Voz  1- Estamos procurando uma luz!
Mariana fica gelada, seu coração acelera e ela começa a falar em voz alta:
- Meu irmão, pare doido! Eu morro de medo de espirito e eu não quero ficar escutando vozes não! E aqui não tem luz pra espirito nenhum não.
Voz 2 – Tás doida é? Somos nós! Eu e Rafaela.
Mariana Levantando-se da cadeira e esticando-se para ver quem estava do outro lado do seu bureau, vê que eram as duas professoras mais baixinhas do CAC. A professora de Japonês, Mariana Maciel e a professora de Literatura Brasileira, Rafaela Alcântara.
Mariana tentando disfarçar a gafe – Meninas, me perdoem, eu sabia, estava só brincando, querem chocolate?
Mariana Maciel – Não, nós queremos saber alguma coisa sobre o paradeiro de Hugo, afinal, todos aqui estamos correndo riscos.
Olá meninas – Entra na sala a professora Ana Carolina Moura Neves Cordova – Gente, eu tô passando aqui porque o clima tá muito chato aqui na Universidade e nós temos que nos distrair, temos que voltar a sorrir e a ficar longe de tanta tensão.  Vai ter um show massa esse fim de semana, Vamos? Tô passando de sala em sala convidando os professores.
Mariana Maciel – Ai, que bom, show de quem?
Carol – Luíz Caldas, adoro, sou fã. Sei todas as coreografias! (E começa a dançar como de costume, sua dança preferida – Eu queria ser uma abelha pra pousar na sua flor ...)
Mariana Mickaela super empolgada – Meu irmão, tô dentro!
Rafaela – Oba, adoro!
Mariana Maciel – Eu topo, mas mesmo assim estou achando essa situação aqui no CAC insuportável.
Mariana Mickaela – Galera se acalmem, eu já recebi um comunicado da atual reitora, estamos nos articulando pra melhorar a segurança.
Luíza entrando na sala – Galera, aquela vaca da reitora está chegando aí.
Todas na sala manifestam surpresa e apreensão, ninguém gostava da reitora, ela era uma mulher que comandava a universidade com punhos de ferro, em menos de um ano depois do inicio de seu mandato ela já havia fechado o RU e suspendido os concursos para novos professores. Era chamada de ditadora e carrasca pelos funcionários da universidade.
Entra na sala a Reitora Josicleide Guilhermino
Sem olhar para ninguém e já sentando na cadeira de Mari ela afasta os papeis em cima da mesa e diz com sua voz incisiva:
- Olá, seus incompetentes, quero uma reunião agora com todos os professores.
Mariana Mickaela revoltada – Como assim incompetentes? Nós estamos nos empenhando o máximo pra manter as aulas dentro da normalidade, sofrendo por saber que nosso colega é um assassino e ainda estamos correndo perigo. Isso é uma absurdo – olhando pra Luíza- Né, nega?
Luíza se esquivando da responsabilidade pra não perder o emprego, deixa Mari argumentando sozinha e diz.  – Josi, amor! Você aceita uma café.
Josi – Já era pra estar pronto. Cada minuto a mais aqui nesse CAC  e perto de vocês é uma tormenta. E aliás, desde quando você se dirige a mim como você?
Luíza – Oxe, desde a nossa graduação!
Josi – Pois é, fizemos a graduação juntas. Eu sou reitora e você professora. Quer que eu seja mais explicita?
Luíza passada – Não! Entendi. Tudo bem!
Josi – Então, na moral! Vá fazer esse café! E vocês – dirigindo-se as outras professoras e a diretora do CAC – vão chamar os outros professores incompetentes!
Luíza ao sair da sala resmunga baixinho para Mariana Mickaela – Vou mijar no café dessa peste!
Mariana – Na moral, bote fé!
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Meia hora depois, já na sala de reuniões!

Josicleide – Olá a todos! Primeiro, gostaria de dizer que essa reunião ...
Josicleide é interrompida por um professor lindo, amável e inteligentíssimo.
- Josi, querida, como você está?
Ela olhando para a cara do professor, reconhece alguns traços de beleza, mas preferindo não se esforçar pra lembrar – Ah! Não, não lembro, mas não gostei de ser interrompida.
- Sou eu, Alberon. (Esperando alguma reação por parte dela, ele continua.) - Alberon Lopes.
- Ah! Lembro vagamente. Você era o rapaz que tirava xeros né?
Alberon passado, tenta disfarçar a morgação e dá um sorriso sem graça.
Josicleide – Em fim, terminou? ou era só isso? se for, senta aí e vamos continuar a reunião, pois o assunto é urgente.
E de repente é novamente interrompida pela chegada da lindíssima Bruna Bandeira.
Todos ao vê-la perguntam como em um reflexo. Hoje tem brownie?
Bruna havia enriquecido e aberto algumas filiais da Bruna’s Brownie LTDA em algumas capitais do nordeste, mas nunca trazia nenhum para seus colegas.
- Não, não tem!
Luíza - Não tava pedindo não, eu ia pagar!
Bruna – Desde que você me passou três notas de R$ 5,00 falsas fica difícil acreditar.
Luíza muda de assunto – Sim, Josi e aí, continua.
Josicleide – Fique calada, na verdade eu chamei Bruna aqui pra ter a confirmação de que Hugo é realmente o assassino.
Bruna – É sim, depois de segui-lo, investiguei seu passado e até mesmo invadi seu apartamento, peguei alguns livros, roupas, joias e dinheiro, mas tudo dentro da lei e em nome da investigação. Em fim, analisei todos os dados que tinha e confirmei que ele é o suspeito mais próximo de ser o assassino.
Claudiana – Então..., Você fez a investigação e tem como afirmar 100% que ele é o assassino.
Bruna – Não, 100% não, mas digamos que há 99% de chances que ele seja o assassino?
Josi – Sou uma mulher prática, 20% de chances pra mim já basta pra tomar medidas drásticas.
Claudiana – E quais seriam.
Josi – Vou mandar matar.
Todos olham para a reitora e veem em seus olhos que ela não brincava quando dizia aquilo. Agora, os professores estavam em um dilema. Seriam alvo das investidas assassinas de seu amigo ou deixariam que o matassem.
De repente, entra Vinicius na sala e diz com sua voz sirenica: Encontraram Juliana e Pryscilla no Curado II, elas estavam tentando roubar o cartão VEM de um menino de oito anos pra conseguir chegar até aqui de ônibus.  Juliana chegou até a bater na criança, mas acabou apanhando, pois havia outros colegas do menino por perto. Mas isso tudo já está resolvido, elas estão sendo ouvidas pela polícia e estão denunciando Hugo formalmente.
Comoção total na sala de reuniões, todos agora estavam certos de que Hugo era o assassino e não havia mais como negar ou pôr isso em dúvida.
Josi –Tenho que ver as meninas, ver se elas estão bem.
Luíza – Ownnn, Josi, que fofo, tás preocupada com elas é??
Josi - Quero saber quando elas vão poder repor as aulas. Não quero saber de moleza na minha gestão.
E assim, os professores viram que o CAC e suas vidas estavam em mudança e que nem a vida deles ou de Hugo estaria a salvo, mas pra não pensar mais em problemas foram todos ao fim da reunião curtir a noite ao som de Luíz Caldas.
Os professores não sabiam que Hugo havia escutando toda a reunião de dentro de um armário que havia na sala. Ele pensava, enquanto estava escondido, em como seria matar seus colegas e como seria interessante vê-los sofrer. Imaginava como seria ver Claudiana gritando ao ter sua perna serrada, ouvir Vinicius gritando ao ter agulhas enfiadas em suas unhas e ver Alberon desesperado ao ver sua coleção de CD's de Gal Costa quebrados, mas nada seria mais delicioso que ver André Cavalcante, Rafaela Alcântara e Mariana Maciel em um buraco de um metro e meio cheio de cobras venenosas sem poder escapar. Sim, ele havia enlouquecido. Hugo agora estava mais guiado pelas emoções em seu coração que por seus planos tenebrosos, ele agora era um animal matuto e ferido à solta e nada ou ninguém tinha garantias de que sua vida estaria a salvo ao entrar em seu território. Ele agora não tinha mais nada a temer, a federal era seu território, o CAC era seu labirinto sombrio.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Capítulo VII - O TENEBROSO "H"



Claudiana e Luíza pareciam duas feras se entreolhando, a tensão era perceptível a todos.  E rapidamente a plateia se formara ao redor das duas.
Luíza – Cai dentro, vem pra cima, aleijada!
Claudiana – Depois que eu terminar com você será difícil você dar em cima de ex-marido de qualquer um. - Disse Claudiana desferindo uma tapa com a mão aberta no roso Luíza.
Luiza sentindo seu rosto latejar – Aaaaaaaaaaiiiiii! Carai. Tás fudida.  – Como sabia que não poderia no braço com Claudiana, Luíza usa de estratégias menos convencionais e desfere um chute no joelho de Claudiana que cai de imediato.
Claudiana – Vadia apelona! Aiiiiiii! Mas eu ainda tenho os movimentos da outra perna. - E dá uma rasteira em Luíza que cai no chão do CAC.
Agora a luta entre as duas estava em pé de igualdade, se uma não podia se levantar a outra não deixava que a outra também levantasse. Claudiana subiu em cima de Luíza e dava tapa após tapa no rosto de seu algoz ao mesmo tempo em que gritava palavras de baixo calão e reclamava posse de pessoas e objetos.
Claudiana - ...Ele é meu homem, sempre foi, você pegou emprestada minha panela de pressão e nunca devolveu!
Vinicinho que chegara naquele momento acompanhado do pai comentou – Sempre soube que mainha amava o senhor, painho, mas bichinha de tia Luíza, ela bem que poderia revidar.
Como que adivinhando as palavras de tão angelical criança Luíza apela para mordidas e objetos perfuro-cortantes.
Luíza - Tu tás pensando o que cachorra? Que ia ser fácil? Você quer ME acabar com a MINHA vida?
Luíza e Claudiana ainda deitadas no chão do CAC continuam a brigar, Luíza com seu canivete rasga a camisa de Claudiana deixando-a praticamente nua e Claudiana para revidar o ato faz o mesmo com os dentes, as duas se engalfinham e a briga continua. As duas acabam se tocando e o que parecia uma briga fica estranha aos olhos de quem parou para assistir.
Alberon para Carol – Oxe, Querol, elas tão demorando demais pra se levantar depois que ficaram seminuas, como assim?
Carol – Tão mesmo.
Vinicinho – Painho o que é isso?
Vinicius indignado – Vamos embora meu filho! Sempre soube, sempre desconfiei.
Mariana chega acompanhada de Bruna – E aê galera vamo parar com essa baixaria a gente vai ter uma reunião extraordinária.
Alberon, Carol e alguns alunos – Ahhhhhhhhhhhhh!
Alberon – A gente vai ter que devolver o dinheiro das apostas Querol!
Carol – Que merda.
Luíza e Claudiana que já haviam descarregado raivas e energias seguiram rasgadas e machucadas até a sala de reuniões.

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Na sala de reuniões...
Célio pra Alberon e Carol – E aí quem ganhou?
Alberon – Ninguém, mas algo estranho aconteceu, depois te explicamos.
Mariana – Então galera, Bruna acha que sabe quem está por trás desses crimes!
Tensão total na sala
Bruna – Minha gente, como é que vocês não perceberam? Ele esteve perto de vocês o tempo todo? Ele falava com vocês todos os dias, ele sempre...
Luíza – Carai, fala logo!
Bruna – Hugo!
Claudiana – É não mô véi! Sou capaz de dar meu ... Se for ele.
Alberon sempre calmo e polido – Minha gente não se pode descartar nenhuma possibilidade.
Claudiana – Não pode ser! eu sempre percebo as coisas, sou a pessoa mais difícil de ser enganada, eu percebo quando as pessoas são o que são.
Todos na sala se entreolharam e não falaram nada pra não constranger a ilustre professora.
Claudiana olha no rosto de cada um - Vão se Fuder, mô véi!
Mariana – Gente, Bruna tem uma boa notícia.
Luíza – Vai ter calourada? quando?
Mariana – Não, não é isso. Depois que você subiu nua na mesa da calourada passada, tivemos o maior trabalho pra abafar o escândalo.
Luíza – Então o que é?
Bruna – Juliana e Priscylla ainda podem estar vivas.
Alberon educadamente feliz – Ai, que bom, que alívio. O telefone toca - Coisa mais bonita é você assim, justinho você... – Alô! Oi Conrado, sim... sei... Não, é que marquei com Policarpo hoje à noite. Amanhã?  Ótimo. Beijos! Desculpem, podem continuar.
Bruna- Só mais uma advertência. Agora que sabemos quem é o assassino ele ficará mais perigoso, pois ele é muito inteligente e não se deixará ser pego, Todos estamos correndo mais perigo que nunca.
O medo se alojou no coração de cada professor presente na sala e por fim Mariana Mickaela propõe:
- Vamo comer galera?

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Enquanto isso em algum lugar no Curado II

Juliana e Priscylla já haviam pensado em algo para escapar do cativeiro.
Priscylla – Você acha mesmo que vai dar certo, Juliana?
Juliana – Vai menina, oxe, eu já fiz isso várias vezes e sempre tive êxito. É só você ficar atenta ao momento certo e finalizamos o plano.
Priscylla – Oh, escuto alguns ruídos, é ele, é Hugo chegando Juliana!
Juliana – Calma, é agora ou nunca.
A porta se abre suavemente e a noite faz com que aquela cena seja mais tenebrosa ainda. Hugo entra e percebe que Juliana está de pé e em uma pose com os dois braços pra cima. Juliana olha para Hugo e começa a performance pra distraí-lo.
Juliana começa a cantar e dançar - ... Iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii Tami, tami, tami, tami!  8x .
Juliana apelou para o número musical que sabia fazer, era a única forma  que tinha em mente para poder distrair Hugo até que Priscylla pudesse intervir.
Hugo perplexo – Oxe, o que é isso menina?
Antes que Hugo obtivesse resposta, Pricylla bate com um pedaço de madeira em sua cabeça. Hugo cai no chão, mas não desacordado, ainda sentindo dor ele começa e levantar e falar com sua voz tenebrosa e matutesca – Agora eu finalmente mato vocês.
Juliana em grito desesperado – Cooooooooorre Priscylla!
As duas vão em direção à porta ainda deixada aberta pelo Hugo distraído pela dança e saem correndo em busca de um lugar seguro a procura de ajuda.
Hugo não aguenta a dor e cai desmaiado, mas antes de ficar inconsciente promete para si próprio que custe o que custar irá matar cada professor do CAC.









quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Capítulo VI - O TENEBROSO "H"


                                                       


Na casa de Ana Carolina Moura Neves Cordova...

Vinicinho – Quero ligar pra painho!
Carol – Um carai! Deixa eu corrigir as provas dos meus alunos!
Vinicinho – Meu pai vai me tirar daqui. Já num aguento mais você e seu marido paraguaio. Mainha fica boa não é?
Carol - Chileno. Ele é chileno.
Vinicinho - Chinélo, seja lá o que for. Quero ligar pra painho.
Carol ignora o menino e tenta corrigir as provas de seus alunos!
Vinicinho – Hei! Tu quer  beber?
Carol – Quem te ensinou essa música antiga menino?
Vinicinho – Mainha, ela adora, dança todos os dias. Deixa eu ligar?
Carol já puta da vida – Deixa eu corrigir essas provas!
Vinicinho – Hei! Tu quer fumar?
Carol já sem paciência - Vai, pega o telefone e liga pro teu pai. Claudina me desculpe, mas não consigo ficar com você nem mais um dia.
Vinicinho ao telefone com o pai – Ohniap, em arit iuqad!
Vinicius –Rop euq ?
Vinicinho – Asse agirapar é mu ocas.
Vinicius – Aj  uotse odni,  Ohnihlif.
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 Enquato isso, no CAC Hugo terminva de esquartejar a aluna de Alberon...
Hugo a matou, pois sabia que ela o tinha visto correndo atrás de Juliana e dado um soco nela. Ele imaginou que ela iria contar aos outros e decidiu matá-la. De fato, ela havia tentado, mas Alberon não deu  oportunidade e Hugo estava ficando mais e mais descontrolado a cada dia e sabia disso, ele estava pondo em risco sua posição na Federal matando alunas assim, de dia, sem planejamento, mas era um preço pequeno a pagar pelos prazeres da vida, ou melhor, da morte.
Hugo tinha que retirar os pedaços dela  de sua sala antes que começassem a procura-la.
Em outro lugar no CAC...
Luiza dava aula de literatura russa.
Luíza – Então, para Medvedev as relações dialógicas são ...
Enquanto dava sua aula Luíza arqueava a pelves e ficava alguns segundos pensando antes de dar respontas às perguntas dos alunos como em um download. Ela havia ficado sequelada de ser espancada por François.
Luíza - ...Então ele concorda com outros teóricos da linguagem.
Ao fim da aula enquanto Luíza guardava o seu material , fechava o Power point  e aproveitava para flertar com alguns alunos, alguém bate a porta.
Era Nildo, o professor de corpo durinho.
Luíza de braços abertos – Nildo, Nêgo! Tudo bem? Como foi a Viagem? Cadê Adriano?
Nildo – A viagem foi bem, mas eu senti falta de vocês lá em Paramaribo.
Luíza – Pós-doutorado difícil é?
Nildo – Nem tanto, já que sou inteligentíssimo, mas porque grande parte da população anda de carroças e desde o meu trauma em frente ao CAC quando dei aquela terrível pinta, fiquei com medo de carroças.
Luíza faz aquela cara de preocupada – É foda, digaaê!
Nildo – Mas de toda a forma eu interrompi minha viagem pra vir visitar Claudiana, soube que ela foi atacada.
Luíza – Ela tá bem, com certeza deve ter levado uma pisa de alguém porque mereceu. Me parece que a angolana mulher de Poli já deu uns Paranauê-Paranauê-Paraná nela no ano passado, porque ela ficava se insinuando pra ele lá no CE.
Nildo – Ô Luíza, fala assim de mi amor não. E como está aquela criança angelical, meu afilhado Vinicinho?
Luíza – Sei lá daquela peste.
Nildo – O papo tá bom, mas combinei que iria visitar Claudiana. Beijos!
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No fim da tarde Mariana Mickaela estava ao telefone com a polícia, estava preocupada com o sumiço das professoras Juliana e Pricylla e da aluna de PIBIC de Alberon que não havia aparecido com seu café. Ela Decidiu convocar também o serviço de inteligência do sindicato dos professores.
Alberon – Se minha aluna sumir sentirei muita falta.
Mariana olha incrédula pra Alberon – SIM!
Alberon – É verdade. E aí? Eles vão nos ajudar?
Mariana - Sim, eles vão mandar o agente mais inteligente que eles tem pra ajudar a solucionar o caso.
Alberon -Tomara que chegue logo!
Mariana - Vai chegar, ela virá amanhã ,mora aqui mesmo.
Alberon -Ela?
Mariana - Sim, você conhece. Eles vão mandar Bruna Bandeira.
Alberon – Uau!
Mariana – Agora tenho que ir pra casa, passei o dia todo aqui. Tô suja.
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Manhã seguinte no hall do CAC
Todos os alunos e professores chegaram com medo, agora três dos seus estavam desaparecidos, talvez mortos, era algo que chocara todo o CAC.
Luíza e Carol conversavam sobre os fatos e Alberon chega muito triste, mas elegante e discreto.
Alberon – Bom dia meninas!
Luíza -Bom dia nêgo!
Carol – Albi!!!!!
Alberon - Alguma novidade?
Carol - Ainda não, mas eu já soube que mandaram Bruna pra ajudar a resolver
Luíza - Mas o gostosão do Vinicius não é do Serviço de inteligência.
Alberon - Afastaram ele do caso, pois ele é ex-marido de uma das vitimas atacadas.
Luíza - Ah tá! Só podia ser, Claudiana atrapalhando as investigações.
Alberon - Estou preocupado com o que pode ter acontecido com as meninas e com minha aluna.
Carol - Vamos torcer pra que dê tudo certo.
De repente houvem-se passos cada vez mais forte e apressados seguidos de um grito.
- RAPARIGA!
Todos olharam e se chocaram, era Claudiana totalmente recuperada.
Claudiana em cena pareceda com a de Kill Bill - Agora somos só nós duas, vamos nos entender, temos contas pra acertar.
Alberon puxa Carol pelo braço e diz:
 - Bora sair daqui, vai rolar baixaria por causa de tudo, inclusive homem.
Carol olha para Claudiana e para Luíza e decide sair.

Carol - Oxe, bora.
Luíza estava prestes a levar a maior pisa da sua vida? Ou Claudiana iria se surpreender com Luíza que aprendera a revidar as surras de François? O destino das duas estava para mudar.
Claudiana olhando nos olhos de Luíza – Você é uma VADIA, mô véi!
Luíza jogando a bolsa no chão chama Claudiana pra briga com a mão – Chega mais perto VACA!
            

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Capítulo V - O TENEBROSO "H"

            

 
Juliana estava perplexa, o Hugo que ela conhecia era um rapaz doce e sensível e diante dela havia um homem totalmente diferente, um ser cruel e sem sentimentos.
Juliana - Hugo? O que você está fazendo com essa faca na mão? Me ajuda a socorrer Priscylla.
Hugo permanecia imóvel e lentamente deu a volta na mesa e pegou o prato em que Priscylla havia se servido.
Hugo - Acho que Priscylla não se dá bem com abelhas, não é? Fim o cuscuz com algumas trituradas.
Juliana - Carai Hugo, que vacilo teu? Vê como ela está sofrendo?
Priscylla agonizava de dor – Oh, Oh, acho que minha glote está fechando, Oh!
De repente Juliana sente um enjoo
Hugo? O que você pôs nessas tapiocas de camarão frito com Shoyo?
Hugo - Não eram camarões, eram baratas.
Juliana fica incrédula, seu corpo fica repentinamente frio, um nojo terrível invade seu ser e ela vomita inevitavelmente em cima de Pricylla.
Pricylla morrendo, mas muito lady – Oh! Que nojo.
Hugo se preparava para esfaquear Juliana enquanto ela ainda estava de joelhos. Juliana percebe que seu fim estava próximo e o instinto de sobrevivência tornou-se mais forte, tinha que sair dalí e fazer com que Hugo saísse de perto de Pricylla. Ela empurrou Hugo que caiu sobre a mesa e se cortou, Juliana disparou em uma corrida que parecia perdida, pois Hugo era um atleta, mas havia algo que nem mesmo ela lembrava: seu corpo estava adaptado durante anos a correr atrás do ônibus na parada. Juliana mantinha sua corrida e Hugo a seguia, era um corrida de vida ou morte, cada passo era crucial, mas havia algo que dava uma substancial vantagem a Hugo: Ele conhecia os seus medos, mas também os desejos mais intensos de suas vitimas. Hugo puxa do bolso uma máquina digital, ele aperta o flash. Juliana para de imediato e faz uma pose de capa de disco, era inevitável, seu corpo se movia como em reflexo a cada flash, ela não se controlava, era correndo e parando pra fazer pose até que foi alcançada.
Juliana – Porra Hugo!
Hugo apenas desferiu um soco em seu rosto, Juliana desmaiou.
Hugo pensava consigo mesmo, já era tarde e o jeito era levar as duas para um lugar mais discreto e mata-las longe da Federal. Levou Juliana, colocou a na mala do carro e depois voltou e fez a mesma coisa com Pricylla.
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No CAC pela manhã...
Alberon estava escutando mais uma fofoca sobre Claudiana trazida por Luíza:
Luíza - ...Pode notar que ela usa chapa, eu vi que ela usa Corega e quando ela fala a peça fica solta na boca.
De repente são interrompidos pela chegada de Mariana Mickaela.
Alberon - Bom Dia Mari!
Mariana - Bom Dia Albi! Bom dia Luíza.
Alberon - E Aê?
Mariana - Minha Axila tá coçando.
Alberon chique, quase pricyllável.
- Oh?!? Que horrível.
A aluna de PIBIC de Alberon, Benedita Verônica, se aproxima.
Alberon – O que é?
Benedita Verônica – Desculpe interromper.
Alberon – Café, sem açúcar.
Benedita Verônica – Mas professor...
Alberon – Já terminou o ensaio sobre “Sereias grávidas”?
Benedita Verônica – Ainda não, mas...
Alberon – Então saia daqui. Vá!
Mariana – Cadê Juliana e Pricylla? Estão atrasadas, não as vi hoje.
Luíza – Bota elas pra fora Mari.
Mariana – Não é assim que as coisas se resolvem Luíza, tenho que ter motivos.
Luíza - Pois eu tenho uma fofoca pra contar delas...
E assim passou-se mais uma típica manhã no CAC e ninguém imaginou que as professoras corriam perigo em um cativeiro no Curado II.
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No Cativeiro
Pricylla – Juliana? Juliana acorda.
Juliana ainda sonhando de olhos fechados – Ô Tutú, meu amor! Dá beijo dá!
Pricylla – Juliana, sou eu Pricylla.
Juliana – Pricylla, você está bem. Carai, pensei que a gente ia morrer.
Pricylla – Juliana, não sei onde estamos, mas aqui só há uma janela gradeada e só tem mato em volta.
Juliana – Temos que dar um jeito de fugir daqui ou a gente tá fudida.
Pricylla – Temos que avisar a todos que quem está cometendo os assassinatos é Hugo.
Juliana e Pricylla estavam decididas a não morrer e nem deixar que Hugo saísse impune. Mas estavam isoladas e sabiam que sua única ligação com o mundo externo era através do homem que as havia colocado naquele lugar. O destino era incerto para ambas.
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Enquanto isso de volta ao CAC
Benedita Verônica estava levando o café de Alberon e no caminho foi interrompida.
Oi, tudo bem?
Benedita Verônica – Oi professor Hugo, tudo bem – Sua voz era trêmula e a aluna não sabia disfarçar. – Tô com pressa, o professor Alberon está me esperando e ele não gosta de atrasos, afinal ele é muito chique.
Hugo – Antes disso temos que ter uma pequena conversa.
Benedita Verônica – Sobre o que?
Hugo – Aqui não, venha na minha sala!
Benedita Verônica – Mas o professor Alberon...
Hugo impaciente com a garota – Depois converso com ele e explico.
Benedita Verônica  relutante – Certo...
A sala de Hugo era perto da sala de dança no fim do CAC, local conhecido como Bat Caverna. Um local com pouca circulação.
Hugo abrindo a porta de sua sala. – Entre.
Benedita Verônica – Mas professor...
Hugo – Agora!
Benedita Verônica entra e antes que tenha oportunidade de indagar o motivo da conversa leva uma facada nas costas. - Ah!
Hugo fecha a porta e a vida da tímida garota teria um terrível fim.






domingo, 12 de dezembro de 2010

Capítulo IV - O TENEBROSO "H"




O dia começou tranqüilo no CAC, todos os professores que davam aula pela manhã e à tarde ainda estavam surpresos pelo ataque sofrido pela professora Claudiana, achavam que o perigo estava próximo, o CAC não era mais um lugar seguro para trabalhar.
Hugo entrou no hall do CAC, era prazeroso pra ele sentir tanto medo e apreensão no olhar de todos em que encontrava.
-Bom dia, Alberon!
Alberon – Bom dia Hugo, tudo bem?
Hugo – Comigo está e você?
Alberon – Ainda preocupado com Claudiana.
Hugo – Não se preocupe eu a visitei, ela está bem.
(Telefone celular toca “Coisa mais bonita é você, assim...”)
Alberon – Alô, Poli? Eu já disse que não quero que você me ligue mais, não insista. Hum? Tá, tá bem, vamos nos encontrar. Não no Eros novamente não. Tá bom a gente combina. Tchau, beijo! Pra você também. Desliga...  você primeiro... Não, você... Beijos, tchau.
Alberon – Desculpa Hugo, é só uma pessoa que me liga diariamente me incomodando.
Hugo – Não! tudo bem, como eu dizia, Claudiana tá bem. Vou lá, tenho aula agora de manhã.
Alberon – Eu também, boa aula!
Hugo – Você também.

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No Fim da tarde...
Hugo bate na porta da sala de Priscylla.
Priscylla - Pode entrar.
Hugo – Oi Priscylla, beleza?
Priscylla - Tudo bem. Estou terminando de corrigir algumas provas e já vou pra casa e você?
Hugo – Só passei aqui pra perguntar se você num quer sair pra jantar, convidei a galera pra sair e todos já confirmaram, só falta você e Juliana Serafim.
Priscylla levantando para guardar um livro – Por mim tudo bem. Ótimo!
De repente um livro cai da ultima prateleira no dedão de Priscylla, era a Gramática dos Usos do Português de Maria Helena Moura Neves.
Priscylla  sentindo um dor horrenda, reagiu como de costume, como uma lady e exclamou um suave – Oh!
Ela se estourando de dor, mas mantendo a elegância diz: Hugo... preciso sair... tenho que ir ao hospital.
Hugo – Quer ajuda?
Priscilla – Não obrigado. Combinamos depois o horário do jantar e onde será. Ok?
Hugo – Então tá certo. Tchau!
Com seu dedo latejando, Priscylla continua mantendo a alinha.
- Tchau!
Ao sair da sala de Pricylla Hugo já tinha um plano em mente, sabia do que ela mais tinha medo, agora era só executar o plano e pensar em como matar dolorosamente ela e Juliana.
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Hugo se dirigia a sala de Juliana e no caminho passou pela sala de Luíza, pensou em parar para cumprimentá-la, mas ao chegar perto da porta ouviu sons estranhos.
-Oh, Oh, Oh!!! OOOOOOHHHH!!!GENIAAAAAL!!!!
Decidiu que não seria apropriado bater na porta, mas ficou pensando a razão pela qual Luíza só aceitava como orientandos do PIBIC alunos homens ou mulheres masculinizadas. Enfim, não era problema seu, pelo menos não agora.
Enquanto andava em direção à sala de Juliana, estava tão distraído que não percebeu que passou pela própria e a tinha deixado de braços abertos levando um vácuo no meio do corredor.
-HUGO!!!
Hugo – Oi Juliana, nem te vi, mas tava te procurando.
Juliana – Pra que?
Hugo – Convidei a galera pra jantar e confirmaram todos, só falta você. Só falta saber onde você quer comer e qual é o seu prato preferido?
Juliana – Cuzcuz com calabresa lá no CCSA, é meu prato predileto à anos. Ah! e tapioca também, adoro todos os sabores.
Hugo – Beleza, então só vou marcar o horário, mas já adianto, tem que ser a noite, por volta das nove.
Juliana – Tão tarde? Tem problema não. Janto duas vezes. Tchau Hugo!
Hugo – Tchau!
O terrível “H” estava feliz agora por ver que seus planos estavam dando certo, era tudo uma questão de tempo para que sentisse o cheiro do sangue e visse o vermelho em suas mãos novamente.
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Duas noites depois...
Juliana, chega dez minutos atrasada, havia pego um engarrafamento, pois fazia sempre questão em vir de Rio Doce–CDU, por opção. Juliana dizia que era pra manter acesa a lembrança de suas raízes, apesar de ter um carro, tinha muito amor ao trajeto vindo de ônibus.
- Oi Pri!
Priscylla que havia chegado pontualmete – Oi Jú, eu já tava ficando preocupada, ninguém chegou até agora e como você sabe, desde que uma abelha me atacou aqui no CCSA, eu não me sinto mais segura aqui.
Juliana - Pois é eu sei, eu estava com você no dia do ataque lembra?
Priscylla – Não gosto de lembrar, foi assim que descobri que tenho uma terrível alergia à picadas de abelha.
Juliana – Oxe, cadê esse povo? O CCSA já vai fechar, já num tem mais ninguém aqui. Só não nos colocaram pra fora ainda porque somos professoras muito chiques e renomadas.
Hugo aparece da cozinha.
E aí meninas, desculpem o atraso, eu estava fazendo o nosso jantar.
Priscylla – Cadê o pessoal?
Hugo – Todos desmarcaram de ultima hora, mas isso é problema pra vocês?
Juliana – Pra mim não, aquela mundiça!
Priscylla horrorizada muda de assunto  - E aí? Vamos comer o que?
Hugo – Cuzcuz com calabresa e Tapiocas. Sugestão de Juliana.
Priscylla – Que bom!
Apesar de achar estranho, as meninas comeram a refeição e conversaram muito. Foi um jantar muito agradável.
Priscylla - Hugo ainda bem que você está aqui, não me sinto mais segura em ficar na Federal à noite.
Hugo – Mas o perigo é só no CAC.
Juliana – Mesmo assim eu também não confio.
Priscylla – Oh! Minha língua está ficando dormente e minhas mãos estão ficando frias, estou ficando tonta. Oh!
Juliana – Cassete, temos que chamar uma ambulância Hugo.Hugo?
O semblante de Hugo havia mudado repentinamente, seu olhar havia se tornado sombrio e um ar de maldade se instalou no seu rosto.
Juliana - Hugo? Priscylla tá passando mal, porra Hugo, faz alguma coisa.
Sem mudar a expressão em seu rosto e olhando fixamente para Juliana ele puxa de trás uma faca afiada como navalha.
Hugo – Vou fazer, vou fazer o que de melhor eu sei.
Juliana não podia acreditar no que seus olhos viam.


sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Capítulo III - O TENEBROSO "H"




Enquanto os gritos dos gatos e de Claudiana eram ouvidos, um homem serenamente andava em direção à porta de sua sala, o sorriso em seu rosto era tão frio quanto seus olhos e de tanta satisfação não conteve uma breve risada. Quando havia terminado de escrever o usual bilhete e assinado com a letra “H” tirou a faca da bainha e se preparou para adentrar na sala.
De repente escuta passos apressados e gritos.
 - Claudiana, Claudiana!
Hugo não tinha alternativa, saiu correndo, não seria o momento de entrar em luta corporal com ninguém e estragar seu disfarce de bom moço, decidiu sair antes que o vissem.
Vinicius correndo - Claudiana, Claudiana!
Vinicius arrombou a porta e deparou-se com a cena. Claudiana toda arranhada. Os gatos se assustaram quando viram o homem entrar e fugiram pela janela. Claudiana estava desacordada e devido à luta com seus algozes havia ficado praticamente nua, já que usava aquelas roupas semi-transparentes, como era de se esperar, todas se rasgaram. Vinicius de imediato tirou sua camisa e cobriu-a, em seguida a colocou nos braços e saiu em busca de socorro. Enquanto ia em direção às escadas, os corpos de Claudiana e Vinicius estavam em contato um com o outro e era possível sentir o suor dos corpos se misturando enquanto seus corações batiam forte. Claudiana acorda e Vinicius começa a descer às escadas.
- Vai ficar tudo bem. Fique clama.
Claudiana ainda fraca e assustada pela luta com os gatos ou surpresa por ver Vinicius fala um baixinho e suave.
- borá mô véi, me solt...
As palavras de Claudiana se dissiparam no ar, e enquanto Vinicius se distraia ao olhar o rosto de Claudiana ele não vê o primeiro degrau do ultimo lance de escadas.
Sem querer ele derruba Claudiana que se fudeu todinha na queda, foi Claudiana pra tudo que é lado rolando às escadas, depois de um minuto de queda ela chega ao chão, acordou no chão puta da vida.
Claudiana - Carai Vinicius! Tô toda acabada. Me leva pro hospital.
Vinicius – Claro, minha querida. Eu sabia que quando nosso filho ligou algo estranho estava pra acontecer.
Vinicius tomou-a nos braços novamente e conduziu-a à emergência da Restauração.

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No hospital, no horário de visitas.
Carol – Claudiana, tu tá bem?
Claudiana – Sim Querol, estou, mas estou muito preocupada com meu filho Vinicinho.
Carol – O pirraia tá bem, o pai tá cuidando dele.
Claudiana com sua sutileza – Sim, mas você é a amadrinha dele, mô véi. E eu já estou divorciada de Vinicius, num quero depender dele.
Carol – Minha irmã, véi. O filho é dele também.
Claudiana- Por favor Querol, enquanto eu estou aqui, cuide do meu filho.
Carol entronchando o bico sem que Claudiana percebesse, resmunga baixinho – Pirraia chato do carai.
Claudiana – O que?
Carol – Claro, adoro meu afilhado.
Claudiana – Ah! já ia me esquecendo, como Mari é muito pirangueira não quis contratar nenhum professor substituto pra ficar no meu lugar até eu me recuperar. Será que você poderia ficar dando minhas aulas?
Carol – Claro, se preocupa não.
Claudiana – E minhas orientação de PIBIC?
Carol – Também pô, relaxa.
Claudiana – E minha orientações de mestrado e doutorado, ah! e minha feira.
Carol – Vai te fuder Claudiana.
Antes que Claudiana pudesse falar qualquer coisa. Hugo entra no quarto.
- Claudiana, eu não sei lhe dizer como me sinto mal em ver você assim. Eu prometi que iria cuidar de você.
Claudiana – Hugo, você não pode se sentir culpado, as coisas acontecem, só temos que tomar muito cuidado agora.
Hugo – Meu Deus, ninguém viu você lá tão tarde? Se eu soubesse que você ainda estava lá eu teria lhe esperado.
Claudiana lembrou de Luíza e do fato dela ter fingido que não a viu e  pensou: depois me entendo com aquela rapariga.
Claudiana – Hugo, você é um bom amigo, só se cuide e eu ficarei feliz.
Hugo – Vou me cuidar e cuidarei de você também, pode acreditar.
Hugo estava se controlado, pois o ódio que sentia por ver uma de suas vítimas ainda viva era insuportável.
Hugo – Vou cuidar de você, Ok?
Claudiana – Ok.
Uma voz de criança ilumina o quarto.
- Mainhaaaaaaaa!
Claudiana com lágrimas nos olhos – Vinicinho meu filho, que saudades.
Vinicinho – Mainha, a senhora já tava véia, agora tá toda fudida, arranhada e toda quebrada.
Claudiana – Cara boca, peste. Olhe, você vai ficar com sua madrinha Carol enquanto eu me recupero.
Carol e Vinicinho se olham, se estranhando, nenhum vai com a cara um do outro.
Carol sorrindo – Vamos nos divertir muito.
Vinicinho estranhando tanta simpatia – É sim madrinha.
Carol pensando: Eu vou dar tanto nesse pirraia.
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Duas horas depois no CAC

Hugo vermelho de ódio joga livros sobre o chão e esbraveja em sua sala – Droga, droga, droga!
O ódio não permitiu que ele dormisse desde a noite anterior, ele tinha que compensar a vítima que não morreu e de repente vê entre os livros jogados no chão o seu álbum de formatura do curso de Letras. Abre aleatoriamente uma das páginas do álbum e coloca os dedos sobre duas fotos, eram as fotos da professora lady Priscylla Lippo e da professora Juliana Serafim.
O sorriso volta a encontrar espaço em sua boca e as pessoas nas fotos não sabiam, mas suas vidas corriam perigo mortal.
Hugo sorri sombriamente – huahauhauahua!
Ele vê um estudante passar no corredor e diz:
-Ei, você aí, chame minha (ancilla) monitora, peça para que venha aqui e limpe essa bagunça.