quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Capítulo I - O TENEBROSO "H"






Chovia muito naquela tarde de julho 2020 e os professores chegaram todos encharcados no hall do CAC, a primeira a chegar havia sido a professora Drª Ana Carolina Cordova, que havia sido contratada como professora de Espanhol logo após voltar com o seu marido do Chile ano passado, em seguida o belo, atraente e interessante professor de Linguística Dr. Alberon Lopes e as professoras de análise do discurso e russo respectivamente Claudiana Costa, já divorciada de seu ex-marido Vinicius Costa e Luíza Volochinov Dias Pinochet que havia recentemente voltado da Rússia onde havia se casado com um homem franco-russo chamado François Volochinov Pinochet. Todos haviam sido convocados para uma reunião extraordinária pela atual diretora do CAC, a professora Mariana Mickaela.
Luíza - E aí galeris?
Alberon - Diz porra! (com cara de desdém).
Claudiana - Vocês viram em Cardinot o que aconteceu com aquela universitária lá na UPE?
Carol - Não pô, eu escutei no Bandeira Dois, foi horrível num foi?
Alberon - Muito!
Luíza que estava toda por fora ficou ansiosa e perguntou:
- O que foi hein minha gente?
Carol com a voz tremula começou a descrever o fato:
Havia uma menina que fazia Letras lá na UPE em Nazaré. Ela não foi à aula durante dois dias e os colegas começaram a ficar preocupados, depois de três dias de busca eles a encontraram sem os órgãos internos e com as mãos fritas em óleo, detalhe, as mãos foram fritas enquanto ela ainda estava viva.
Claudiana - Meu irmão véi, isso não existe não.
Alberon - Meu Deus, que mostro.
Carol - E o pior é que eu ouvi no Bandeira Dois que havia um bilhete sobre o corpo da garota que dizia. Letras – morte aos professores.
Claudiana - E o que quer dizer isso? Você não disse que a menina era estudante?
Carol - Sim, mas ela queria ser professora e ela iria fazer a prova do mestrado já esse mês.
Alberon - A polícia disse que o assassino nutre um ódio mortal por professores de Letras.
Luiza - Eita Porra, Carai veí. Diga aê?
Ouve-se alguns passos lentos descendo as escadas, era Mariana Mickaela, atual diretora do CAC e mulher muito responsável, ainda solteira, mas muito paquerada.
- E aê galera, vamo comer? Tenho aula de Francês pra dar, mas ainda dá tempo.
 Luiza- Mari, você não soube dos assassinatos?
            Meu irmão véi, beleza! Eu chamei vocês aqui pra isso, as aulas já vão começar novamente e eu quero todo mundo tranqüilo, alunos e professores, afinal minha gestão é como o SIGA, tudo sempre funciona bem. Então, vamo comer galera?
            Já na cantina do CAC...
A professora Luíza faz seu pedido como sempre fez desde a graduação. Ela chega suavemente perto do Balcão e diz em um grito só:
- Uma Coca e uma Coxinha.
Ela nunca diz ”por favor” nem “obrigado”, mas seus amigos entendem pois ela apanhava muito de François e de Françoise a irmã-amante de seu marido, Luiza tinha uma vida sofrida na Europa, mas voltou e começou a dar aula na universidade  a convite de Mariana que colocou quase todos os seus colegas no arrumadinho, já que sua influência junto a ex-presidente Dilma era muito grande, assim seus amigos entravam sem concurso pra trabalhar. Foi assim com Luiza, foi assim com todos ali.
A professora Pricylla, que era uma Lady já estava esperando na cantina na hora marcada e já sabia sobre o que seria a reunião.
Pricylla - Gente eu vi no Jornal Hoje que houve dois casos idênticos, um na FUNESO em Olinda, um rapaz de 20 anos e um na UNICAP, uma garota de 23.
Alberon também muito elegante disse:
-Meu Deus Priscylla, que terrível.
De repente as luzes do CAC se apagam e todo o local fica um só escuro. Houve gritos e por um segundo houve silêncio total e de repente as luzes se acendem.
Luíza diz:
-Ufah que alívio.
- E aí minha gente?
- Oi Hugo!!!
A chegada de Hugo por um momento fez com que todos se alegrassem e esquecessem dos assassinatos. Hugo também entrou no arrumadinho de Mariana como professor do Departamento de Comunicação e além disso ele trabalhava como Jornalista em um jornal do Estado, além de correr e ganhar três vezes a são Silvestre.
Claudiana apavorada - Você soube do que ocorreu?
Hugo - Sim, muito triste, né? Eu cobri a matéria.
Luiza – Minha Nossa Senhora! Conta Hugo!
Hugo – É muito confuso tudo isso, mas eu só sei que a polícia trabalha com a hipótese de que ele é um homem, culto, por volta de trinta, trinta e cinco anos e que mata as pessoas tendo em vista seus piores medos, ele sempre coloca um bilhete sobre as vitimas e assina apenas "H". A moça de Nazaré tinha medo de se queimar, o rapaz da FUNESO, tinha medo de morrer afogado e assim morreu, e a garota da UNICAP era sua aluna, Luíza, ela pagava cadeira aqui na Federal e tinha medo de você, dizia que você era uma professora louca e perturbada e foi esfaqueada vendo vídeos das suas aulas e teve seus livros jogados com força sobre sua cabeça.
Luíza – Ora Porra! Desgraçado, miserável! Diga Hugo, qual o nome dela?
Hugo – Augusta.
Luíza – Lembro não, pelo menos eu num sinto falta né gente? Bola pra frente. Ei moça, outra coca!
Pricylla – Sim Hugo, vai termina.
E a história começou a ser contada novamente, mas havia algo diferente na frieza e satisfação com que aquele homem contava aquela história, cheia de detalhes e paradas para lembrar das impressões em sua mente , seu olhar não era olhar de um descritor de fatos, ninguém imaginaria que era o olhar de um autor.

Depois dessa reunião os professores do CAC não tiveram mais tranquilidade de andar sobre os corredores à noite. Voltaram para suas casas, todos se sentiam ameaçados, descançaram e se prepararam para o que estava por vir.

10 comentários:

  1. Cadê o o capítulo II Albiii???

    POsta please!!!

    Besitos! *.*

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  2. Adorei a homenagem!
    Só uma pergunta, tu tens medo de que, Alberon? Só pra eu saber...

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  3. Adorei Albi! Quero o próximo capítulo!!
    Tem medo da prova de alemão Hugo! hahaha
    Bjs
    :**

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  4. kkkkkkkkkk, aaai, amei! kkkkk. vô acompanhar todos! bjks tenebrosas :*

    -Juliana S.

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  5. CARACA! Muito bom Albi! Fechou! Quero ver meus trejeitos quais são, mãos fritas né? Será que foram usados dois bujões?

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  6. Eu adorei!!
    Só num gostei de saber que daqui a vinte anos ainda vai existir "bandeira dois" e "Cardinot", esse último com certeza decrépito e mais chato do que nunca, socorro!!!!
    Ah, coitada da Mari, solteira e desejada depois de 10 anos, tadinha, kkkkkk!!!

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  7. Muito, muito bom!!!
    rindo alto aqui...

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  8. kkkkkkkkkkk depois de 1000 anos eu leio o 1º cap.
    mt onda veey

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  9. Uns assistem Cardinot, outros escutam o Bandeira Dois e a Priscila? Ah! Ela, claro, vê o JH. Chique de doer. kkkkkkkkkkk

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